sexta-feira, 23 de setembro de 2011

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Missão

Meu triunfo é moldado sob a cólera da justiça.
Minha arma é escudo revestido por coragem.
A minha glória é o próprio combate.
E enquanto a razão da minha luta
mantiver o ideal de pensar livremente,
moléstia alguma corromperá o meu espírito.

(Erick Silva)


sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Ilustres

Gente com estilo próprio, que se garante e acredita no valor da sua Arte. Este é o esquadrão dos Ilutres, os artistas selecionados para compor o livro Tratado sobre o coração das coisas ditas:

Na linha de frente do estúdio Hori-wa!, Chosa assina as mais fantásticas tatuagens da Zona Leste de SP. 
Dona de um traço preciso e apurado, esta garota não se deixa enquadrar pelos padrões convencionais e emprega uma perícia sofisticada para elaborar desenhos exclusivos, cheios de graça, movimento e cor. 
 
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Aprendiz de design gráfico, Erick Silva mostra que já tem personalidade formada e, seja nas ilustrações ou nas fotografias, conserva uma atitude audaciosa e engajada. Seguindo a linha das melhores HQs japonesas (ou não), basta-lhe um lápis afiado para que grave no papel seu modo peculiar de ver as pessoas, o mundo e a vida.
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Uma jornalista que sonha em assumir as baquetas de uma banda de rock ou uma mãe tentando escapar do mundinho corporativo enquanto cria ilustrações nonsense? Esta é Flávia Barros, a artista-multifuncional que encontrou no design gráfico uma maneira bacana de representar a alegria do seu espírito juvenil. Idealizadora da loja Imaginado Efeito, Flávia  cria e produz quadros fascinantes feitos no azulejo.
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Agitador da cena cultural paulistana, Marcelo Gerace está entre os artistas plásticos que mais compreendem a linguagem e as aspirações do nosso tempo. Seus projetos, carregados de provocações essenciais, levantam e discutem ideias que permitam novos processos criativos, experimentos e parcerias. Biólogo e professor de Artes, ele se define como um antropófago faminto. Pois bem, que ninguém sacie esta fome tão imprescindível.
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Fã de Keith Richards, pai do Pedro, guitarrista da Couro Cabeludo Rock, criador do Blues Tattoo Studio, entre outras façanhas não menos importantes. Este cara atentado é Paulo SS. Suas tatuagens podem variar de acordo com o gosto dos fregueses mais exóticos e inusitados. Suas ilustrações não. Nestas prevalecem seu estilo ultra-realista, repleto de desenhos instigantes e composições meticulosamente elaboradas.
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Ignorando as fronteiras invisíveis que as megalópoles sustentam, Tigão desafia a lei da gravidade, entre outras, para encobrir de esperança os tons azedos que empalidecem as ruas e fachadas de São Paulo. Ele não escolhe superfícies para imprimir a bravura do seu talento, um dom completamente acima da arrogância e vaidade que lotam de bobagens os ateliês e museus.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Tratado sobre o coração das coisas ditas

Acordo e me pego no abismo de sempre
com cicatrizes de alegrias forçadas no rosto
levanto para travar lutas de conquistas obrigatórias,
enquanto penso num modo de dormir em pé
evito a tentação dos acordos que a rotina
oferece para uma rendição pacífica e covarde
em seus cemitérios de cérebros e corações.

A vida ainda impõe identidades que não me servem
e para não ser vítima do meu próprio reflexo,
me invento na fuga diária do óbvio,
do tédio e deste vil destino volúvel;
e é aniquilando frases pré-fabricadas
que converto as ficções mais reais
em armas incendiárias de sentidos.

Escrevendo me aproximo de ser gente,
faço uso da coragem e dos sonhos que alimento
para crer numa improvável chance de dignidade
que me livre de meus vícios sádicos e impublicáveis,
defenestre toda timidez cabisbaixa e insegura;
transgressão que dê entendimento a quem quer saber
num tratado sobre o coração das coisas ditas.

Faço da palavra minha pátria, arte e coração.
Gravo estas insígnias no meu corpo e expresso
uma matéria legítima de liberdade e resistência,
o mais potente combustível capaz de mover:
funde sangue, punhos, suor e flores
para gerar uma energia tão infalível
que já não pode ser representada.

Feito idioma exótico, minha expressão é signo raro
compreendido apenas pelos imprescindíveis desajustados,
pelos manos mais intrépidos e necessários.
Meu manifesto é para quem tem algo a dizer,
quem ousa pensar na vida e segue combatendo
ainda que pareça derrotado e já sem forças para existir.
Luto contra toda opressão oficializada em máscaras de paz
e mesmo que abatido, eu não me rendo. Não me rendo não!

(Marcelo Gerace)

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Vamos fazer o nosso livro!

Uma obra capaz de reunir textos pulsantes e afiados, além de divulgar a expressão de artistas independentes, valorizando a diversidade de manifestações e pensamentos. A partir dessa proposta simples e ousada, surgiu o projeto “Vamos fazer um livro?”.
Inicialmente sem grandes pretensões, esta iniciativa já mobilizou e atraiu os olhares mais atentos, de quem não se sente representado (nem visto) na cena cultural e literária do nosso país.
O título escolhido, Tratado sobre o coração das coisas ditas, sintetiza a idéia original de mostrar a essência e genuinidade dos sentimentos mais honestos, através de uma linguagem peculiar, sem eufemismos ou frases feitas.
Logo, a interrogação do post anterior se converteu na certeza de que as palavras saltarão da rede para o papel em grande estilo.
Sim. Vamos fazer o nosso livro!
Coragem!