sábado, 21 de abril de 2012

Você, o Tratado e o coração

(Flávia Barros)


(Andressa Costa)
(Sheila Araújo)
(Jamilson Silva)

(Priscila e Andréa Nascimento)

(Eneida Fausto)


(Erick Santos)

(Andressa Gomes)
(Sofia)
(Aline Souza)
(Tatiane Silva)
(Dona Sebastiana)

(Rosana Vieira)

(Margarida Gomes)
(Luciano Nery)

(Jéssica Baraviera)
(Jailson Oliveira)
(Luciana Ribeiro)
(Branca Freitas)
(Vagner Luiz)


(Cristiane Crispim)

(Franklin Souza)

(Carlos Medeiros)
(Tatiara de Paula)
(Alessandra Souza)

(Miguelzinho)
(Eduardo Souza)
(Flávia Barros)
(Regina Rocha)

(Ronaldo Brito)
(Dagmar Souza)
(Ni Brisant)
(Rosa Maria)


(Sheila e Andrea)


 (Damásio Marques)


(Daniela Santos)

(Aércio Bezerra)

(Andrea Souza)
(Altieres Moraes)
(Renata Garib)

(Beto)

(Lidiane Santos)

(Jefferson Santana)
(Camila Rocha)

(Claudinha Gomes)

(Suevelin Cinti)
Curtiu? Então envie sua foto com o Tratado para nibrisant@bol.com.br e apareça.
Esbanje cultura!

sexta-feira, 6 de abril de 2012

O Tratado no Acajutiba News

(Trecho da matéria publicada no portal Acajutiba News sobre o Tratado)

"Um alpinista intelectual. É dessa maneira que Ni Brisant se define. Mas não pense que há exagero ou arrogância nessa autodescrição. Realmente, a sua vida tem sido uma grande escalada desde que saiu de Acajutiba, há sete anos. Ao contrário da maioria, esse escritor tem buscado muito mais que ascensão social; a sua caçada é pelo conhecimento, pela tentativa de ser um indivíduo melhor a cada dia e é daí que nascem seus textos mais afiados, revelando com sensibilidade as várias facetas do ser humano, suas contradições, amores, medos e desafetos.
Filho de pais semialfabetizados, Ni Brisant perseguiu o seu sonho de cursar o ensino superior e, enquanto transitava entre os cargos de ajudante de pedreiro, operador de telemarketing e securitário, ele formou-se em Letras, cursou extensão acadêmica em História da Arte e tem acompanhado o crescimento de sua filha Flora, a quem dedicou o Tratado sobre o coração das coisas ditas.
"Cultura é o que o homem inventou para tornar o mundo vivível e a morte afrontável." É através dessa declaração do pensador Césaire, que o autor se prepara para lançar o seu próximo livro: A Revolução dos feios. Um romance que traz à tona histórias reais e fantásticas sobre as coleções de um homem fracassado."

(Para ler na íntegra essa matéria, clique aqui: Ni Brisant e o seu Tratado.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Vaso no chão - Video

Vaso no chão

Ainda que eu pareça não saber,
conte-me suas dúvidas
e descobrirá que penso igual.
Meu coração voraz
suportará tudo
que vier de nós.
 
 
Os corpos foram estendidos
na forma de vultos nômades
além da matéria pronta
quando tua luz subornou minha visão
tonando-a sua amante mais infiel
esta fiscal desonesta da bravura.

Nas noites em que formos dois
e nos permitirmos ser mais,
a vida não passará em vão.
Nosso mundo não acabará
quando o final chegar triste
e quase morrermos por nada.

(Video produzido por Branca Freitas)

domingo, 1 de abril de 2012

O Tratado na voz de Fernando Bispao

Deguste a poesia "Tratado sobre o coração das coisa ditas", extraída do livro homônimo, na voz de Fernando Bispao.

(Tratado sobre o coração das coisas ditas, na voz de Fernando Bispao)

Gravação realizada na Escola Municipal do Morro Grande, em São Paulo/SP, sob a produção de Israel Neto, do projeto Aperte o play na poesia.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Homenino*

Não sei dizer quando nem onde me tornei Ni Brisant. Conta-se que num 22 de dezembro dum 85 escaldante, mesmo sentindo as terríveis dores do parto, uma certa Maria caminhou 10 quilômetros para dar luz e sentido a Nivaldo Brito dos Santos, um tal eu.
Quinto filho de seis, cresci no Barreiro, um povoado com menos de cem moradores, sem energia elétrica, igrejas, puteiros ou qualquer outro símbolo da nossa civilização. Um lugar com homens que cobriam irmãs e animais (não necessariamente nessa ordem) e viravam lobisomens na quaresma, fazendeiros que faziam pacto com o diabo e davam almas e dentes em troca de gado e terra – daí a moda entre os ricos de combinar a dureza de coração com o ouro da dentadura.
A infância passou ligeira, sem que eu pudesse guardar na memória nenhum fato extraordinário, além da morte do velho Zé de Chica, cujo velório teve muita bebida e nenhuma lágrima.
Guardei também a lembrança da primeira vez que tomei água gelada, daquele domingo em que assassinaram a minha galinha de estimação e serviram seu cadáver com arroz e farinha de mandioca; por fim, não esqueci das vezes em que fiquei internado para tratar minha anemia e, por gostar tanto da vida no hospital, não quis mais voltar para casa.
Já a entrada na escola veio acompanhada de uns eventos que o meu corpo ainda não conseguiu superar totalmente: meu coração chorou o divórcio de meus pais, minhas mãos e pernas foram marcadas pela palmatória do professor Pedro José e, minha alma – não sem sofrimento – aprendeu a decifrar livros. E a palavra se tornou minha pátria, arte e coração.
A palavra me salvou!

(CONTINUA)
* Texto também publicado no site Acajutiba News.