segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Cruzando o Atlântico

 A revista portuguesa InComunidade publicou uma série de textos meus na sua edição 38. Só tem bambas. Clique aqui e leia.
(Gabriel Woelke)

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Ultrapassagens

Estava apagando e-mails e botando o computador em ordem quando encontrei alguns textos perdidos. Vou postar alguns deles na íntegra aqui. Este é de janeiro de 2012:
Hoje é praticamente impossível falar de arte independente sem mencionar o papel da internet, seja como ferramenta de produção ou divulgação.
Todo escritor quer ser lido, assim como todo músico quer que suas canções toquem no radio, quem faz cinema sonha em... Enfim, você já entendeu. De nada vale escrever os versos mais lindos do mundo e, por timidez, acomodação ou punhetagem mesmo, escondê-los no fundo da gaveta.
O narcisismo das redes sociais, a ligação entre artista e espectador é regida por velhas leis de mercado, como a da oferta e procura, da indústria da propaganda. Até aí nenhuma novidade.
O meio é tudo. Há léguas obscuras entre produzir e expor uma obra, conquistar um público e fazer sucesso. Sem cair na cilada da meritocracia, entre o “poder” e o “fazer” existe bem mais que as cinco máximas do jornalismo: o que, onde, como, quando, por que.
Estou cansado de ouvir pessoas que só sabem conjugar verbos no pretérito imperfeito: “se eu quisesse, poderia ter sido um jogador de futebol milionário”, “se eu quisesse, poderia ter ficado com aquela famosa”, e por aí vai. Não falta gente que se esconde nas promessas do “tem tudo para dar certo” e gasta o resto da vida se gabando do quase, que só não chegou lá porque não quis. Entre o “ter a faca e o queijo na mão” existe o movimento, o corte.
Indo contra a minha natureza de instintos retraídos, ultimamente tenho procurado grupos e seguido certas multidões. Tenho motivos de sobra para sempre ter desconfiado dos bandos e dos sujeitos que vivem (literalmente) de colecionar corações e arrebatar massas. Não é o ato de manipular e comover as pessoas em torno de um ideal - seja lá qual for - que me incomoda; me aflige os interesses, muitas vezes criminosos, que se escondem por trás de pastores vorazes em caçar ovelhas através de ideologias messiânicas demodês. Que fique explícito, não estou me referindo à questão religiosa, apenas.
Quando falo de coletividade sempre lembro de "Antes do Amanhecer", filme no qual ouvi uma das falas mais esclarecedoras sobre a relação homem/Deus, mas que também pode ser usada para entender o amor, a amizade, as Artes e tantas outras relações humanas. Foi algo como: "Deus não está em mim, nem em você; Ele só pode estar aqui, exatamente nesse espaço que existe entre a gente". Taí.
Claro que “o outro” não deve se tornar o único passaporte para a felicidade. Todos precisamos de um certo isolamento, de momentos de introspecção e isolamento (alguns em doses maiores que outros). Autonomia, independência e senso-crítico são virtudes.
Por melhor que alguém seja, a sua grandiosidade só poderá ser reconhecida e valorizada se houver um “outro” para apreciar ou mesmo competir. Além dos relacionamentos afetivos, esse processo também pode ser aplicado facilmente às Artes, ao ambiente corporativo e a todos os relacionamentos humanos. Ou não?
(Márcio Salata)


quarta-feira, 9 de setembro de 2015

domingo, 16 de agosto de 2015

Domingo

Hoje foi lançado o vídeo-poema Domingo. Orgulho de ter produzido algo tão íntimo e peculiar. Clique aqui e assista e passe adiante e comente e. Ou se quiser ouvir, Aqui.


quarta-feira, 12 de agosto de 2015

ERA UMA VEZ HORIZONTE

Comunico minha saída do Sobrenome Liberdade. O motivo é estritamente ideológico. O sarau seguirá com os demais integrantes. 
Foram mais de 3 anos de entrega, aprendizados e trocas. Lembro como fosse já. A independência sempre foi prática - em tudo! 
Uma Antologia, 50 edições, um fanzine, exposições, viagens pockets shows... Incontáveis histórias.
Não sei mesmo medir o quão longe esse sonho chegou. Deixo uma parte grande do meu coração neste ponto. (e não há mesmo o que dizer; esse peso nos olhos já basta)
Sou grato a cada um dos amigos que acreditou e fez essa utopia ir além.
A gente se vê pelas esquinas, ocupações, outros saraus e onde mais for imprescindível. O sonho apenas começou!
#Coragem