na merda ou nos corações,
as flores não param de nascer.
Passem longe, fascistas incendiários de favelas.
Caiam fora, Políticos agiotas de esperança.
Uma flor nasceu em mim.
Fosse num buquê
num vaso
ou em outras mãos
– seria cadáver.
Mas no asfalto e no lixão,
na merda e nestes corações,
é estrela, floresta, bandeira
porta-luz, festa, alimento e afronta.
Uma flor nasceu,
a partir daí, temos alguma chance.
Acordem as crianças,
podemos sonhar outra vez.
Haverá amanhã.
A primavera prevalece.
*Poesia do livro Para Brisa
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