a primeira poesia que tenho lembrança de ter feito foi essa: bebedouro é uma chuva, só que pra cima.
tinha 6 anos e fiquei internado por vários dias sozinho no hospital de
Esplanada-Ba. Até então, poucas vezes tinha saído da roça onde morava. e
ao voltar pra casa, na falta de vocabulário para descrever minha
experiência na cidade, comecei a inventar descrições para os objetos que
havia visto... obviamente, isso tornou-se razão de pilhéria entre os
meus irmãos. Eles me mangaram até umas horas. Nunca pude esquecer da
angústia que é não encontrar as palavras certas para me defender.
por ironia ou sorte, esse ano lancei meu terceiro livro seguindo a mesma lógica daquele primeiro verso. um livro feito para mudar os sentidos
do mundo. acho que nisso reside minha missão enquanto gente e escritor.
muito agradecido a cada um que acreditou e colaborou com essa publicação.
coragem!
É essa simplicidade que é legal!
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