quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Tão bom quanto estar lá, é ser lembrado

Meu gol de placa não é ver seu livro na lista dos mais vendidos. Ser lido. Eis minha apoteose. Toda vez que ouço uma opinião sobre algo que escrevo ou uma poesia que recito, me sinto meio Pelé, honrado e feliz. Dá uma alegria danada saber que existem pesssoas utilizando meus textos em sala de aula, citando minhas ideias nos saraus, em teses, artigos e músicas.

(Sarau Pensamento Negro - Embu Guaçu)
Ontem li um artigo em espanhol no qual a autora Fernanda Matos fala com propriedade sobre Literatura Marginal, contextualiza os saraus realizados nas periferias paulistanas e cita o Tratado sobre o coração das coisas ditas. Sensacional. Segue trecho abaixo:
"en una mezcla de géneros cortos como la crónicas y la poesía, trata de temas que van más allá de retratar espacios marginales y problematizan cuestiones inherentes al ser humano como las planificaciones para el futuro, el lidiar constante con la insatisfacción por la vida, consigo mismo, con los problemas sociales, abarcando hechos que marcan profundamente el hombre como el nacimiento de un hijo o la ruptura de una relación amorosa. En un texto suyo el autor opina sobre la crítica literaria y levanta cuestiones interesantes sobre los procesos que legitiman o no una obra, es decir, de qué campo cultural e ideológico apropiándose términos bourdieanos, se clasifica, se da valor y si realmente el que critica sabe criticar o mejor como en la analogía que hace si aquel que degusta sabe cocinar..."
Estudante da Universidade do Chile, Matos faz referência a alguns dos nossos autores e discorre coerentemente sobre a cena literária marginal. Para ler o artigo inteiro, clique em La élite tiembla – literatura marginal como instrumento de transformación social.
Hoje também tive meu trabalho citado na matéria "Gente de Talento", da jornalista mineira Ana Márcia  de Lima. Meu coração ainda está rindo com esse reconhecimento e carinho. Leia: Diálogo Invisível.
Coragem!

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

2ª impressão esgotada

A segunda impressão do Tratado acabou. Não foi nada fácil, mas seria praticamente impossível chegar até aqui se não tivesse contado com a ajuda e fé de tantos amigos.
Ao todo, foram 500 exemplares distribuídos mão-a-mão nos saraus e festivais de música.
Como toda obra independente que se preze, aqui não teve jabá. A única propaganda utilizada foi o boca-a-boca, o depoimento sincero dos amigos que leram o Tratado e foram indicando, passando a ideia adiante.
Essa caminhada foi um aprendizado muito importante pra mim; Com certeza saio mais forte e maduro dela. Meu coração está cheio de alegria e ânimo para enfrentar novos desafios; sinto que esse livro cumpriu sua parte, foi lido, criticado, elogiado e comentado por pessoas de valor.
Agradeço a todos os espaços-terreiros que abriram suas portas com tanto carinho e respeito para que eu pudesse apresentar o meu filho. 
Um salve aos parceiros do sarau Suburbano Convicto, Cooperifa, Litera Rua, Ecla Toca do Saci, Biblioteca Adelpha Figueiredo, Encontro de Utopias, Casa Fora do Eixo e Encontro Rap. 
Tenho consciência de que esse livro não pertence (acho que nunca pertenceu) só a mim. Desde o começo fiz questão de envolver pessoas, estive aberto para ver e incluir outras linguagens que pudessem dialogar e enriquecer meus textos. Acho que isso trouxe mais significado e vida à obra.
Amigos-leitores, muito obrigado, de todo coração. Espero que tenham gostado desse meu primeiro livro; Fiquem a vontade para comentar, sugerir e criticar. Afinal, só quem leu o Tratado tem moral para fazer isso. 
Coragem!