sexta-feira, 22 de novembro de 2013

BH, bora!

(Parte da programação)
Depois de muita correria, hoje farei minha 1ª viagem com os parceiros do Sobrenome Liberdade. Vamos juntos com os Poetas Ambulantes fazer umas intervenções e várias trocas com o Coletivoz Sarau de Poesia e outros camaradas em Belo Horizonte-MG.
Estou feliz porque esse convite é fruto de uma caminhada INDEPENDENTE, RESPONSÁVEL E HONESTA COM NOSSAS UTOPIAS E AMIGOS.
Daqui a pouco embarcaremos e meu coração já tá na mão. Sei que essa conquista parece bobagem, mas pra mim, um retirante que chegou em SP sozinho, com um sonho na cabeça e pouca coisa além disso - essa é uma grande vitória!
Ser reconhecido pelo meu trabalho e poder chegar a novos espaços com pessoas que gosto e admiro... Eis tudo!
Gratidão a cada um que faz parte da minha vida.
Hoje não sou um cara feliz. Sou alguém que deseja o impossível - como sempre - porque a realidade é algo a ser reinventado.
Coragem!!

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Um novo Tratado

Próxima sexta-feira (15/11) lançarei a 2ª edição do meu primeiro livro, Tratado sobre o coração das coisas ditas, no sarau Verso em Versos. Vejaí se aparece!
O Tratado está esgotado a mais de um ano e estou feliz em poder reeditá-lo de forma independente - pra variar.
Esta nova edição conta com 7 ilustrações e poemetos inéditos de minha autoria, capa de Célio Luigi, texto de contracapa de Victor Rodrigues, projeto gráfico e diagramação de Marciano Ventura, posfácio de Jamil Alves e revisão de Damásio Marques.
Vamos juntos!
Sarau Verso em Versos:
Espaço Comunidade - Rua Domingos Marques 104 - Jardim Monte Azul

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

se eu tivesse meu próprio dicionário

Se eu tivesse meu próprio dicionário, ÁGUA seria vitamina pra sertanejo.
BOXE: luta cujo objetivo é atingir o adversário com as mãos. Vence quem sabe usar a cabeça e os pés.
BAHIA: um bar que não foi, fracassou.
CIÚMES: filme de ficção, com pelo menos 1 ator fantasma. Ou não.
DOUTOR: o que vem depois do dodói.
E o sonho da valsa? Forró.
FARDAS: roupas que guardam os homens na indiferença de seus empregos.
GAROA: chuva da gota serena.
HORAS: frações do dia que marcam a redundância nos relógios.
INVERNO são os outros - quando distantes.
JARDIM: um filhote de floresta, que ficou de castigo no quintal.
K: um esconderijo em forma de letra.
LOBISOMEM: um bicho de lua, que toda hora muda o status no Facebook e diz: #patiurua!
MONTANHA: um buraco que esqueceu de afundar e ficou assim, do avesso; um buraco pra cima.
MÃE: reticências, só por garantia de nunca acabar.
NAVIO: um peixe exibido, que não afunda nem nada. Só fica a ver.
ÓCIO: invenção de quem não tinha o que fazer.
PÓDIO é o centro da solidão.
QUER saber o contrário de beija-for? Judas!
RIACHO: um sorriso que foi encontrado.
SORVETE: alegria gelada, que funciona por até 5 minutos seguidos; e entristece se não for lambido.
TIVESSE meu próprio dicionário, SAUDADE seria uma escavação, que afunda a distância na gente até cair vírgulas do coração.
UMA dúvida: e o que é o amor, afinal, se não um pulo, um tiro - pra dentro do outro, no vento?
VENTO: o capacete do poeta.
WHISKY: uma cachaça feita na Escócia.
XADREZ: jogo de tabuleiro, que as pessoas estampam nas camisas.
YES, um sim que vem de fora.
ZERO:  um número carente. Precisa estar à direta dos outros para ter valor. 

[Fragmentos da série: se eu tivesse meu próprio dicionário - Ni Brisant]