segunda-feira, 19 de março de 2012

Imaginado Efeito

Fugindo do convencional, a Imaginado Efeito Store está no ar!
Não, esse não é um post patrocinado ou coisa que o valha. Faço questão de registrar aqui o lançamento ocorrido ontem (18/03) da loja virtual da artista Flávia Barros, responsável pelo design do Fanzine Sobrenome Liberdade e uma das ilustradoras do meu livro, Tratado sobre o coração das coisas ditas.
Tenho acompanhado de perto a luta e empenho que a Flávia tem dedicado a essa loja, mas agora que vi o resultado, estou ainda mais confiante no seu sucesso.
Utilizando material de alta qualidade, a loja oferece quadros feitos no azulejo com acabamento em moldura de madeira.
Todas as peças contam com ilustrações originais, criadas e desenvolvidas pela própria artista.
Mas há ainda a possibilidade de personalização, caso você tenha uma imagem/fotografia e queira reproduzi-la em quadrinhos de azulejo. Uma alternativa autêntica e bonita para "imaginar e fazer" a arte que você quiser ou presentear alguém querido com um mimo diversificado em uma data especial, por exemplo.
As influências marcantes do Pop e vintage dos quadros dão um aspecto divertido e audacioso ao ambiente. Tanto na parede ou na superfície o seu espaço ficará com um astral surpreendente.
Dê uma passadinha por lá e fique à vontade: Imaginado Efeito Store
Últimos exemplares do Tratado
Além dos quadros, a Imaginado Efeito está distribuindo os exemplares do "Tratado".
Não farei mais tiragens, nem publicarei outras edições do livro, portanto, essa é a última oportunidade para adquiri-lo. Aproveite!
O melhor é que o livro e todos os demais produtos da loja têm frete grátis e podem ser pagos através de cartão de crédito (Visa, MasterCard, Diners, American Express, Hipercard, Aura), débito online, boleto bancário, transferência eletrônica ou saldo PagSeguro. E ainda via depósito em conta corrente do Banco Itaú.
Amigos, Imaginado Efeito é muito mais que uma grife. É Arte para quem tem requinte, bom gosto e estilo!
Para quem gosta de produtos exclusivos, diferenciados e por um preço bacana, fica a dica!
Evoé!

domingo, 11 de março de 2012

Um tal eu

Meus sentimentos são muralhas tão fortificadas que eu mesmo raramente ouso transpôr.
(Flávia Barros - Guessed)

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Não-lugar

Se você escreve, desenha ou tem alguma arte que "cabe no papel", então vamos fazer juntos o Sobrenome Liberdade. 
Aqui você é livre para mostrar suas ideias e colaborar com a construção de um mundo mais plural, mais bonito.
A 2ª edição do fanzine está aberta para a sua participação. Envie o seu material até o dia 25/02 para: contatolevante@bol.com.br e mude de sobrenome!
Aqui, no não-lugar, não ocupamos espaço definido, somos tudo e nada (na maioria das vezes, nem somos).
Possibilidades duvidosas se apresentam na superfície desta tela, onde podemos trocar ideias, nos esconder ou mostrar a cara e dizer a que viemos. Não se deixe anular!
Inspire-se na 1ª edição: Levante Cult.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Grafite, coletividade e outras utopias

O grafite está tão presente nas grandes cidades que até parece que ele já nasceu assim, com esse ar moderno, cool e urbano. Mas não se deixe enganar pela marra e tatuagens transadas de alguns pichadores que circulam por aí pagando de "eu sou terrível". Perto dos pompeenses, o povo antigo que mais fez uso do grafite, eles parecem membros de uma boy band qualquer.
"Lerás, muitas vezes, em todas as paredes e em todas as colunas, muitos grafites escritos por muitas pessoas." Assim foi descrita a intensidade e a frequência do grafitismo em Pompéia, cujas paredes registram cerca de uma inscrição por adulto, homens e mulheres, livres e escravos, representados em dez mil inscrições. Basicamente como nos dias atuais, embora numerosíssimas, estas manifestações eram constantemente apagadas pelos dealbatores (literalmente: "que tornam a parede branca") que liberavam os muros... para novas inscrições!
A maioria dos grafites era feita no anonimato, isso quebrava a hegemonia dos meios de comunicação social por parte das elites e impossibilitava qualquer forma de censura ou limitação. Em outras palavras, o povo exercia uma ampla liberdade de expressão, algo completamente desconhecido das sociedades contemporâneas. Este caráter público do grafite possui traços únicos no contexto da criação cultural popular.
(Flávia Barros - 2 + 2)
A obtenção do graphium (ponta com que se escrevia em superfícies duras traçando um sulco) era fácil, mas este material permitia apenas a elaboração de pequenas inscrições, ao passo que as inscrições pintadas (tituli picti), eram, na maior parte, feitas por grafiteiros remunerados.
O grafitismo de Pompéia também é caracterizado pela construção de trabalhos coletivos: obras que eram constantemente modificadas, ganhando novas formas e significados através da intervenção dos transeuntes. Tudo isso para retratar a vida real, os combates entre gladiadores, suas necessidades imediatas, paixões e desafetos.
Arte é sempre uma conexão com o infinito, com algo que vai além da nossa existência fugaz. Talvez isso sirva um pouco para explicar toda a volúpia daquele povo em querer registrar suas vidas nas paredes, em insistir em fazer parte de algo maior. Através do grafite, eles ousaram transformar os muros que os prendiam em uma imensa tela, um céu pintado a mão, com todas as cores e traços do universo. Se deram conta de que todas as prisões, grades e muros escondem uma certa porta, uma gigantesca passagem para a liberdade, porque às vezes não é preciso destruir as barreiras para seguir adiante, basta ter imaginação e coragem para usá-las a nosso favor.

* Publicado em: Megalozebu e Acajutiba News.
**Texto de referência: Cultura Popular na Antiguidade Clássica, de Pedro Paulo Funari.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

SOBRENOME LIBERDADE

Lançamos ontem (15/01) a primeira edição do Fanzine Sobrenome Liberdade, um trabalho coletivo que reúne poesia, crônicas, entrevistas, dicas culturais e ilustrações fantásticas.
Por ora, a publicação será apenas virtual, mas a intenção é conseguir patrocínio que possibilite colocá-la no papel e distribui-la gratuitamente para todo o país.
A publicação já tem formato de uma revista tradicional, mas o seu design ganha beleza e autenticidade graças, principalmente, ao excelente trabalho de diagramação que criou uma harmonia perfeita entre os textos e os trabalhos gráficos.
Essa é uma iniciativa independente, sem o incentivo de qualquer verba pública ou privada. Portanto,
acesse SOBRENOME LIBERDADE, envie o link para os seus amigos e ajude a espalhar geral.
Conto com o seu apoio para levar essa grande empreitada adiante.
Mundo livre, vamos nessa!!

EDITORIAL

Antes de ser um manifesto,
Eu sou um convite de despedida de solteiro.
Nem muito duro, nem besta,
Sou uma gangorra no topo do Everest.

Sou o que não pode ser dito nos formulários;
Tudo que não cabe nas marmitas de luxo,
Nem nas  vitrines de ilusões.

Antes de afirmar qualquer coisa,
Eu sou caos e negação;
Recusa de ser tão igual aos outros
A ponto de ser ninguém.

Sou um sonho às 14:00hs de uma segunda quente,
Com bebidas geladas, amores-perfeitos, alegrias sem tamanho
E outros artefatos perigosos e feitos para sorrir.

Antes de ser um movimento,
Eu sou paixão, coragem e mil ideias loucas.
Eu sou o Levante

Seja bem-vindo!