com cicatrizes de alegrias forçadas no rosto
levanto para travar lutas de conquistas obrigatórias,
enquanto penso num modo de dormir em pé
evito a tentação dos acordos que a rotina
oferece para uma rendição pacífica e covarde
em seus cemitérios de cérebros e corações.
A vida ainda impõe identidades que não me servem
e para não ser vítima do meu próprio reflexo,
me invento na fuga diária do óbvio,
do tédio e deste vil destino volúvel;
e é aniquilando frases pré-fabricadas
que converto as ficções mais reais
em armas incendiárias de sentidos.
Escrevendo me aproximo de ser gente,
faço uso da coragem e dos sonhos que alimento
para crer numa improvável chance de dignidade
que me livre de meus vícios sádicos e impublicáveis,
defenestre toda timidez cabisbaixa e insegura;
transgressão que dê entendimento a quem quer saber
num tratado sobre o coração das coisas ditas.
Faço da palavra minha pátria, arte e coração.
Gravo estas insígnias no meu corpo e expresso
uma matéria legítima de liberdade e resistência,
uma matéria legítima de liberdade e resistência,
o mais potente combustível capaz de mover:
funde sangue, punhos, suor e flores
para gerar uma energia tão infalível
que já não pode ser representada.
Feito idioma exótico, minha expressão é signo raro
compreendido apenas pelos imprescindíveis desajustados,
pelos manos mais intrépidos e necessários.
Meu manifesto é para quem tem algo a dizer,
quem ousa pensar na vida e segue combatendo
ainda que pareça derrotado e já sem forças para existir.
Luto contra toda opressão oficializada em máscaras de paz
Amigos, este é apenas o primeiro texto. Breve, lançamento. Estejam prontos!
ResponderExcluirJá não é mais segredo pra ninguém , que seus textos me provocam efeitos alucinogéno.
ResponderExcluirQuero que saiba que você com suas palavras, consegue despertar em mim , curiosidades a mais, vontade de saber mais por ai.
Sempre serei sua admiradora... admiradora de um grande pensador.
Vai com tudo Ni
Finalmente...
ResponderExcluirPostar um comentário?
Esperando o livro.
Abraço
Ana
Ni suas palavras são de mais , elas conseguem nos tacar de maneira que nos perguntamos " por que essa vil maneira de viver " lendo acordamos nem que seja por minutos sobre o que realmente somos e para que estamos nessa vida .
ResponderExcluirEu amo essas 2 últimas frases... E irei repeti-las sempre que for necessário!
ResponderExcluirBravo!Bravíssimo!
Ni, revejo com alegria nosso Tratado... se me permite chamá-lo de "nosso". Vou apresentá-lo hoje, 27/11/2015, no evento itinerante do Marco Pezão no Capão Redondo.
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