domingo, 26 de maio de 2013

Esse tanto que sinto*

(Thiago Peixoto no Sarau Sobrenome Liberdade)
Humano demais para ser santo
Erro demais para ser herói.
Sou de Lua, não poderia ser pop star
Posso star à margem, jamais ParTido.

Tenho vocação demais para ficar só nas cordas
vocais, backs, skates, teasers, cases, managers... Fuck!

Sou filho do transbordo
Sou excesso
Nunca escasso - Espalho-me com Centro nos pés
no chão.

Faço-me diário,
se proso - num Slam - romances frente e verso.

Nenhuma fórmula me contém.

Fiz do Groove minha única Apologia
e a Música me ensinou a ser quem Soul: Poesia.
Cantar é minha maneira de dizer: AMOR, VIDA, POESIA!
(assim, bem alto: Pra todo mundo ouvir, cantar, ser)

Minha canção predileta ainda é aquela...
a nossa!
A que tem mais coração.

Fiz dos coletivos minha nave-irmã,
viajo mais quando estou perto de mim
com os olhos abertos para a vida,
para outros olhos...

Andar é um dom que não domino de berço.
Aprendi a caminhar nas rodas, nos saraus
(por estágios)
nos braços dos meus.

E finalmente,
me fiz poeta
Porque encontrei nas palavras meu jeito de ser o que acho melhor,
não eterno,
CRIANÇA!

Um guri que desvende o que é ser e estar,
Thiago Peixoto,
ESSE TANTO QUE SINTO!


*Poema dedicado ao amigo-poeta Thiago Peixoto, pela ocasião do seu aniversário: 22/5.

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