(Paulo SS) |
impondo sua claridade em tons violentos
arrasa o sono, essa morte-mal-matada.
O mundo já está com os pés no chão
quando a luz domina a inconsciência
obrigando a desabotoar os olhos.
O teto lembra partes de um sonho
com realidades há muito esquecidas
que fazem do relógio objeto ridículo.
Como sorriso mecânico de ex-banguela,
que só ri para mostrar seus dentes falsos,
o impulso do atraso movimenta a vida.