quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Mundo livre, vamos nessa!

Próximo sábado (26/10) será especial. Além da transmissão do Sobrenome Liberdade no quadro de cultura do SPTV 1ª edição da Globo, haverá a celebração do 1º aniversário do sarau Pensamento Negro e lançamentos de Para Brisa e 'Antes de ser um manifesto' lá, em Embu Guaçu. Borandar!

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Por Camila Trindade

Mão esquerda empunhando uma flor, porque a coragem de lutar não precisa ser bruta, mas precisa ser precisa. 
A coragem é armadura, amor é armadura. Nas fragilidades para encontrar força, cada fim de texto é um renascer, retemperança do porvir e mais um tanto de coragem. 
Livro devorado pra expandir o espírito; pra alma não desbotar, lavada que está agora. 
Limpa pra se embrenhar nas esquinas da vida, espreitando as verdades dos alheios que se fazem dentro da gente.
Livro-espelho, pra gente se enxergar virando as páginas.
Gratidão pela destreza do dom, pela brisa que não para. Gratidão pela carta à Flora. Gratidão pelas palavras nas quais juntei pedaços meus. E pela leveza, que não é só, mas que é essencial. 
Livro livre do querer ser, livre sendo. Livro pra livrar e dar coragem.
Gratidão, Ni. Gratidão.

- Por Camila Trindade

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

das ilusões que convêm

dizia-se feliz mas era só míope.
*
antes que eu esqueça, saiba que não penso mais em você.
*
chato que era, jogava xadrez pra espantar o tédio.


segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Bar é alvo de arrastão no Grajaú (SP)*

(Arma usada pelo bando para conquistar o público)
O Relicário Rock Bar, no Grajáu, zona sul SP, foi alvo de arrastão na noite de sexta-feira (13). Frequentadores confirmaram que sempre na primeira quinta-feira de cada mês, o bar registra uma ocorrência desse tipo. Porém, o arrastão se intensificou no último ano. "É impressionante a forma como o bando age, pega a gente de surpresa, por isso sempre voltamos aqui", disse o casal que preferiu não se identificar. 
Por volta das 20h, uma multidão invadiu o bar que fica na rua Manoel de Lima, 178, no bairro Jordanópolis, no Grajaú, zona sul de SP, e anunciaram - pasmem! -, poemas. Antes de ser um manifesto... antes de ser um manifesto..., diziam em voz alta para sequestrar a atenção das pessoas como se um relâmpago tivesse caído ali, diante dos olhos delas.
Segundo testemunhas que estavam do lado de dentro do bar, parte da multidão estava atenta a cada verso disparado no salão. Foram ouvidos muitos disparos e de vários calibres: falados, declamados, musicados, lidos, decorados, improvisados, atingindo em cheio várias pessoas, deixando marcas irreparáveis em algumas vítimas. Do lado de fora, parte da multidão assistiu tudo e, impressionada com a ousadia do bando, apenas comentava o que via. "No próximo, tomo de assalto o microfone também!", disse meio tímida uma menina para a outra.
Em cerca de quatro horas, todos os presentes se renderam por livre e espontânea vontade ao bando de poetas que pegou ligeiramente uma a uma as pessoas que estavam ali, principalmente as que estavam pela primeira vez. O bando foi feliz na ação, recolheu sorrisos, aplausos, abraços, livros e muitas dedicatórias.
Depois disso, com muita calma, o bando fugiu a pé, de ônibus, de trem ou metrô, prometendo voltar em outubro. A ousadia foi tanta que alguns se misturaram a multidão e ficaram lá até o bar fechar.
De acordo com as vitimas, não foi preciso chamar a polícia nem registrar boletim de ocorrência, porque ninguém se sentiu prejudicado pelo arrastão poético daquela noite. Muito pelo contrário. 
Toda a movimentação foi gravada pelas câmeras do SP Cultura, sob o comande de Alessandro Buzo. As imagens ajudarão na identificação do bando e propagar o arrastão em rede nacional.
Na saída, para comemorar o sucesso da ação, o bando saiu gritando pela rua Sobrenome Liberdade!, Sobrenome Liberdade!, fazendo com que todo mundo percebesse que cada um ali era cúmplice do assalto poético que acabara de acontecer.Acredite se quiser, porque essa história é baseada em fatos reais.


*Texto de Ruivo Lopes, publicado originalmente no blog Poéticas Políticas.