domingo, 6 de fevereiro de 2011

Vaso no chão


(Marcelo Gerace)
Ainda que eu pareça não saber,
conte-me suas dúvidas
e descobrirá que penso igual.
Meu coração voraz
suportará tudo
que vier de nós.

Os corpos foram estendidos
na forma de vultos nômades
além da matéria pronta
quando tua luz subornou minha visão
tonando-a sua amante mais infiel
esta fiscal desonesta da bravura.

Nas noites em que formos dois
e nos permitirmos ser mais,
a vida não passará em vão.
Nosso mundo não acabará
quando o final chegar triste
e quase morrermos por nada.

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