terça-feira, 25 de outubro de 2011

Retrospectiva antecipada

Não caio na armadilha de achar que "venci na vida", mas preciso reconhecer, este é um tempo de coisas boas, de grandes sonhos.
Não cheguei ao topo, nem precisei me tornar o "Number one" para me sentir o cara mais feliz do mundo.
No dia em que desembarquei em Sampa, tive tanto medo que achei que não suportaria a saudade, o frio, as incertezas. Agora percebo o quanto as quedas moldaram o meu espírito, as angústias fortaleceram o meu caráter e, justiça seja feita, não cheguei até aqui sozinho.
Minha aventura em Sampa nem sempre foi de alegrias, mas foi aqui que conquistei meu tão almejado "canudo", fui para os melhores shows da minha vida, casei, separei (esta é uma das partes ruins), vi minha filhinha nascer e na última semana acompanhei a edição final do meu primeiro livro...
Hoje liguei para minha mãe, falamos sobre a vida; ela me deu os conselhos de sempre e no fim, disse algo que inundou os meus olhos, fato raro: "Antes eu rezava pra você voltar pra casa, meu filho. Mas agora eu entendo que seu coração é grande demais... você é um artista, Ni. É bom ser sua mãe."
Numa hora dessas, eu quase caio na tentação de pensar que sou um cara de sorte e que realmente estou satisfeito com o que consegui.
Mas não, eu apenas comecei!

Toca Raul!

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