quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Bote Fé: DizCrição

Com formato de bolso, este é um livro pra ser lido de uma sentada (40 páginas). E ruminar por umas semanas:
"Quem pensava achar num caminho uma bala perdida 
no exato momento que nada procurava?"
Miró, o poeta do alegrismo, é apresentado com intimidade e cuidado por outras entidades: Pezão (cofundador da Cooperifa) e Otília. 
Publicado em 2012, é essencial para quem quer desfrutar e refletir a poesia contemporânea. Textos curtos e ressonantes.
Ora desequilibrista. Ora profético. Ora sem relógio. Emoticon tongue
Miró não é unanimidade... Ele é a poesia em pessoa. Um caso em que dissociar autor da obra é tarefa para argonautas.
Sem misticismo. Miró se aproxima - cada vez mais - da poiesis. Sempre humano e palpável.
Quem circula pelos saraus de São Paulo (e outras quebradas) certamente já escutou alguém levantando um poema desse pernambucano porreta. E foi assim no último sábado no Sarauê (recital poderoso realizado em Parelheiros): um puxou um poema de Miró, depois veio outro e outro... Aí lascou!
Li aqui-agora pro meu vizinho Tonhão (75 anos) alguns poemas do Miró e perguntei o que ele achou: "Porra. Esse cara ainda tá vivo?" foi a reação.
De quebra-queixo deixarei estes versos do DizCrição pra você procurar ler mais depois:
"Finalmente onde é que vamos parar?
O policial perguntou
- tá indo pra onde, boy?
-estou voltando, senhor!
foi preso por desacato

Obs. Este é o Bote Fé, projeto de mini resenhas de obras de autores vivos, que lançam livros nada convencionais.
Toda segunda-feira tem novidade na página: https://www.facebook.com/nibrisant/



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