quinta-feira, 12 de setembro de 2013

PRO CURA

Poeta é quem não se alinha, 
não quem escreve
(só).
Os amigos do Sobrenome Liberdade têm me ensinado mais valores do que anos de escola/faculdade. E há um, em especial, que sempre me surpreende. José Francisco de Souza (o Chicão) é dos caras mais tímidos que conheço. Tem mais medo de microfone do que de exame de próstata, acho. Um homem com o coração do tamanho de um Maracanã - lotado, claro. Chicão nunca declamou poesia, nem precisa. Sua alma está em tudo.
Um dia, logo no início do sarau, ele me chamou de canto e me entregou um poema de sua autoria. Disse que tinha escrito inspirado nos poetas do Sobrenome e que era pra eu ficar com aquele papel. Tentei convencê-lo a recitar, mas não teve jeito.
Hoje encontrei este papel e quero transcrever o poema do Chicão aqui. Afinal, ele não pediu segredo.

PRO CURA

Todos os dias eu mergulho dentro de mim
caço pérolas em minhas profundezas
e vivo na constante procura de um brilho,
um brilho que vi em meu coração
e que sorrateiro se escondeu não sei onde

Não canso, não descanso também
enquanto não me encontrar te encontrando
por isso sigo sempre mergulhando
mergulhando sempre me emu coração

Brilho fugido
não queira o eterno fugir
porque um dia hei de te encontrar
talvez escondido em minha mente
com o travesso medo de amar.

- Pra mim, alegria é ter gente sincera ao meu lado. Amanhã tem Sobrenome Liberdade. Amanhã é dia de viver mais!


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