sábado, 9 de março de 2013

Brisa nas mãos

É com muita alegria que comunico o recebimento dos exemplares de Para Brisa. 
Textos, diagramação, ilustrações, material gráfico... Enfim, tudo foi feito com muito zelo e amor. 
Espero que gostem!
Próxima segunda-feira (11/3) farei a postagem para os amigos que escolheram receber o livro em casa.
Aos demais, até dia 12 no lançamento.
Coragem!

segunda-feira, 4 de março de 2013

UM OVO QUE REBENTOU*

Conheci o Ni na quebrada, num desses eventos em que a Periferia se une para fortificar sua luta de resistência social pela cultura e pela arte: por que há, sim, um movimento periférico onde a Arte vive. Quem for da capital paulista, quem conhecer minimamente o autor deste livro, certamente saberá do que falo e não precisarei desenhar a rota da Liberdade nem seu Sobrenome.
Trocamos nossos livros (nossas estreias: primeira coincidência) tomados por uma empatia instantânea, e só aquela corda na capa do livro dele, envolta a um coração fisiológico, arrancado do peito, já era o suficiente para eu levá-lo para casa sem mesmo saber do que se tratava. Era um tratado, um “Tratado Sobre o Coração das Coisas Ditas”, e não haveria imagem melhor que pudesse ilustrá-lo.
Fora a “visão de mundo”, talvez o modo de senti-la e tentar expressá-la em palavras, uma outra coincidência nos aproximava de modo visceralmente místico. “A um Certo Carlos”, dizia a frase que abria seu livro, o título de uma carta endereçada ao Drummond. Ora, dizer que quase caí da cadeira não é força de expressão. Peguei meu livro (“Sentimento do Fim do Mundo”) e coloquei ao lado do dele. “Caro Carlos,” dizia o meu. Sim, ambos os livros exibiam praticamente a mesma estrutura e ritmo como “comissão-de-frente”, a dizer para todos e para ele, Carlos, que o carnaval acabou e que o Mundo sambava numa eterna quarta-feira de cinzas.
Pois bem. Essas linhas, que ora traço por aqui, pretendem fugir de todo academicismo ou específica crítica literária, e isto certamente é uma demanda do próprio texto e deste sujeito (lírico?) que se esconde pelo nome de “Ni Brisant”. Penso, percebo e sinto que a obra do Ni se coloca num ponto onde, talvez, as questões literárias saltam para um plano segundo, e ali o Homem, com seu “ovo no lugar do coração”, ilumina-se mais e mais para dizer: estou vivo!
(Ni Brisant - Não levante o braço em vão)
Não quero dar a entender que na sua pena não há aquele cuidado estético e todo o aparato de instrumentos que um escritor deve forjar da Língua para transformar o Mundo em linguagem. Pelo contrário, há de haver muita técnica no ato de não deixá-la transparecer, e é exatamente esta faceta que percebemos em qualquer passagem textual sua que tocamos com os olhos, distraídos ou não.
Tomo a liberdade de voltar à experiência da leitura do Tratado, pois, dizem, um fato vale mais que qualquer argumento.
Nunca disse ao Ni, mas “Flora” (nome de sua amada filha) é também o nome da minha amada e falecida avó, uma das pessoas que mais amei nesta vida. O título desta crônica em si já me fisgava por completo naquela ocasião, e talvez nem tenha sido o fato de pensarmos muito (eu e minha esposa) nos nossos futuros filhos que tenha me causado tamanha e súbita emoção; talvez haja mesmo algo de muita técnica em ser “natural”, deixar a letras naturalmente batucarem no ritmo do coração.
“A arte não me levou aonde eu queria, / mas fez do meu coração um lugar habitável”, diz os versos da série “Para-choques”, impressas neste seu segundo livro. Suas palavras dizem mais de si e de sua obra que qualquer esforço crítico que eu possa ter (e aqui eis uma verdade, se é que existem). “Um prisioneiro na solitária / que serra uma grade de aço por ano / e faz dum plano de fuga sua oração diária”: quer imagem mais clara e fiel da alma deste sujeito lírico? Há como não aproximar este sujeito lírico do autor “Ni Brisant”, o cara que trampa, paga contas, agita saraus, tem RG, uma moto, e camisa dos Ramones? Difícil. Basta conhecê-lo, um pouco que seja, para perceber que em cada linha que traça, escorre, mais que as palavras, seu coração.
Mas eu falava de Flora, da crônica “Flora” do primeiro livro e do arrebatamento emotivo que tive. Ali, talvez eu tenha encontrado a melhor expressão em palavras do que seja a “Felicidade”. Está lá, já no primeiro parágrafo: “hoje meu corpo, alma e coração, ocupam o mesmo espaço”. Confesso, de uma maneira que só a obra de Ni pode nos invocar, que chorei. Mais: reli a crônica em voz alta à minha esposa, e ela também chorou.
Com este fato dito, volto ao que também já foi dito, o fato de sua literatura se colocar num ponto onde só há o humano, sua alma e seu coração. Questionei-o certa vez:
- Meu velho, de onde vem tanta coragem e tanta força expressas e evocadas nos seus textos? Você realmente acredita nelas?
Sua resposta foi clara e direta:
- Escrevo para elas existirem e eu acreditar nelas.
(Para Brisa)
A Literatura, em verdade, só tem um fim, a própria Literatura, diz a crítica convencional e aceita ao longo dos séculos. Tudo muito certo, tudo muito bem, mas a Literatura pode ser mais e tem provado isto também; talvez à maneira daquilo que os surrealistas franceses chamavam de “aproximação Arte-e-Vida”, sua obra pretende ser, mais que tudo, “viva”, no sentido de influenciar diretamente aquele que entra em contato com ela, seja do ponto de vista social e político, seja do ponto de vista humano-existencial; o que também pode sugerir, superficialmente numa primeira leitura, um texto com muitas nuances de “auto-ajuda”, este termo tão carregado de sentidos “menores” e comerciais do ponto de vista literário. Entretanto, num sentido mais profundo, não há Literatura que não seja ou não acabe servindo de “auto-ajuda”, já que é próprio da Literatura o querer “potencializar” a vida no leitor. Contudo, penso que sua literatura, entre outras nuances, esteja navegando num mar próximo, talvez inverso, e que poderíamos denominar de “alter-ajuda”, uma vez que estamos diante de um texto que, ainda que lírico e subjetivo, estimula a alteridade e propõe, sobretudo, um encontro profundo com o Outro.
Consciente desta “demanda técnica-literária”, não menos importante para qualquer escritor, “Para Brisa” mostra um poeta Ni Brisant muito mais potente, do ponto de vista estético, e, ainda, solto, à vontade com experimentações de novas formas e linguagem. Aforismos concisos e poéticos nos “Para-choques”, demonstram um escritor em constante auto-reflexão e reinvenção. “Todo sujeito é verbo / o tempo todo”, diz um deles; “Vida, me abrace forte. / Eu quero mais de você!”, um outro; e precisa falar mais?
Só mais um pouco, pois que necessário. “Cruzes Vazias”, poema central e importante desta obra, é um retrato límpido dos “homens modernos”, estes fantoches do Sistema no qual se inserem - homens que “chegam à aposentadoria sem saber a quem (ou ao quê) serviram”... Mas é preciso coragem: coragem de viver mesmo sabendo que a vida não é o que prometeram, talvez por se descobrir, ainda, que a vida é e pode ser muito mais: “Eis o último mantra, armadura e oração pra vida inteira: / Coragem, coragem, coragem, coragem, coragem.
Não posso terminar, enfim, sem retornar-me a ela (Flora), até porque “Para Brisa” a traz novamente, agora numa carta de título “Amizade”, e, não por acaso, um dos momentos mais tocantes do livro. Sei que existem diversas outras cartas escritas neste tom e estilo, e faço fé que meu amigo leve a cabo a idéia de publicá-las todas juntas, e por que não com o título, que até sugeri, “As Faunas de Flora”?, mas isso, talvez, já é querer demais... Mas, Ni, queremos mais, a vida quer mais!, não?
“Flora, coragem!”, diz a primeira frase da carta. Seria mesmo à Flora este pedido de coragem? Ora, lindamente o texto vai falar da despedida e, talvez, da perda inexorável de um amigo. Indiretamente contado assim, à Flora, a carga emotiva vai se exponenciando ao limite da lágrima. Com esta “desculpa emotiva”, o texto ainda fala das histórias dos “homens sem história”, de todos os “Bahias” - “porque tanto faz ser um Bahia ou o filho do rei, sem luz nem amor, a gente é nada”, fica o ensinamento à Flora, e, enquanto ela não puder ler, a todos nós.
Uma última confissão: dá para contar nos dedos das mãos as passagens literárias que um dia me arrancaram alguma lágrima: uma cidade se construindo na “madeleine” de Proust, talvez; “Elegia 1938” de Drummond, provavelmente; um Deus-menino brincando no “Guardador de Rebanhos” de Caeiro, com toda a certeza... Isto basta, e isto é tudo.

Pósfácio do livro Para Brisa por Willian Delarte, escritor e co-editor da revista Rebosteio Digital.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Ni por Lu'z*

Após serem lidas e devidamente digeridas suas frases giram em todo nosso corpo, nos livram da inércia e provoca-nos. Esse Ni que hoje salta em suas leituras, grita, silencia confunde-nos e atinge o  mais profundo que há em cada individuo, já se escondeu atrás de uma folha de sulfite que tremulava em suas mãos e voz quase inaudível, mas independente de como ele surja e se mostre a sinceridade e o amor chegam antes.
Por vezes, vejo-o bicho, como se o escrever lhe aparecesse como função  vital, escrita tão  única que suspeito que ele já tenha nascido com esse defeito e se que foi se aprimorando com outras leituras, que não  (só) a sua. Lê-lo é um misto de ser compreendido com uma tortura de sentir-se tolo, ser ele e o  todo sem ser ninguém é complexo, mas necessário e vital.
Do Nivaldo tenho recordações de uns 05 anos atrás onde todos eram Operadores de Telemarketing, mas ele era um sonhador. Gente que sonha pode ser reconhecida pelos olhos; ele evitava olhar, mas quando  o  fazia estava entregue e desarmado era evidente o  quanto o  mundo é pequeno para o seu  coração. Enquanto muitos ostentavam roupas da moda, ele desfilava com livros, chegava a usar três ou mais em uma única semana, juro que me intrigava quando ele os deixava com a capa voltada para baixo, parecia um jogo e eu sempre perdia.
Penso que hoje é ganho, saber sobre suas leituras e partilhar as minhas, trocar escritos, tê-lo perto é garantia de ser maior. 
Aos que o leem, torço para que o conheçam, pois ele possui lindas histórias, é aprendiz na vida, nos ensina verbos e mantras valorosos e ainda sabe plantar flores no coração e sugere caminhos para que você mesmo  a cultive.

*Texto da poetisa e amiga Lu'z Ribeiro dedicado a Ni Brisant pela ocasião do lançamento do livro Para brisa.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Sem par em SP*

Perdedores voltam sozinhos para casa. Vencedores não voltam.
 Depois dum bom tempo fora, Daniel voltou para casa com um semblante que denunciava uma idade bem maior que a que realmente possuía. Sua mãe não o reconheceu quando viu através do olho-mágico, um sujeito cabeludo e magrelo parado em sua portacom óculos escuros e uma mochilabagagem insignificante se comparada a que ele havia levado quando se jogara no mundo. O modo como chegou não lembrava nenhum pouco a pressa e o barulho do dia em que saiu jurando nunca mais voltar.
Comeu mais do que gostaria,  para manter a boca ocupada e não ter que responder ao bombardeio de perguntas feitas no jantarTinha vivido coisas perigosas e divertidas, mas não teve coragem de mencionar nenhuma delas; e até se envergonhou ao constatar que as suas melhores histórias eram completamente impossíveis de serem contadas para quem lhe queria bem.
Embora toda a roupa que carregara estivesse sujasua irmã  deixou que pegasse uma de suas camisetas emprestadas depois que ele prometeu ceder o broche de tartaruga comprado dum camelô em Santo Amaro, um artefato que ele jurara ter ganhado de um amigo ator em San Francisco. Não trouxera boas lembrançasmas todos comemoraram seu retorno e tentaram esquecer o dia em que ele foi morar com uma cigana holandesa que havia conhecidolendo mãos no Ibirapuera.
Foi vestindo Ramones que, naquela noite fria e sem destino, Daniel cortou a Rua Augusta com as mãos no bolso de sua jaqueta menos preta, a mais usada. Tinha tomado umas e  estava legal quando desceu furando filas de emos e outros caras-sujas que engarrafavam as calçadas de pubs e puteiros. Interrompeu a caminhada para encostar-se ao balcão duma biroscaonde, de um trago, matou um agressivo destilado de cana e ficou mirando três garotas que flertavam entre si enquanto montavam todo um ritual para tomar uma dose de tequila fazendo caretas exageradas, típicas de iniciantes. Na porta do bardois caras davam seus lances num leilão por partes de bens de consumo sem amostra grátisaqueles cujas fachadas vermelhas dispensam placa de VENDE-SE. Pediu um drink ainda mais quente que o primeiro e desistiu de arriscar matar a sede em sobras de salivas tão disputadas como aquelas. Voltando para a rua quase tropeçou num andrógeno que vomitava os pulmões na calçadatal cena fez lembrar-se das vezes em que ia até o Centro  para se perder com os amigos.
“VIVENDO DO ÓCIOHOJE NO DIU”. Aquele cartaz com quatro roqueiros alados só podia ser uma pista de onde encontrar mulheres e outras boas distrações. Daniel entrou num café com ar de cova de ratosonde garotas com tatuagens e penteados que lembravam algo entre Amy Winehouse e Elza Soares, disputavam a linha de frente do palco e encomendavam palhetas e baquetas dos caras que passavam o som
menina de olhos de personagem de HQ japonês desencostou da parede depois dedar o terceiro fora consecutivo. Sentou-se ao lado do nosso anti-heróique pediu um refrigerante para ver melhorDepois de matar sua cerveja azulela olhou para o copo dele e fez uma piada qualquerEmbora  tivesse entendido “leite com chocolate”, ele riu, enquanto baixava a cabeça e lia “Sem par em SP” tatuado no  que alternava uma melissa preta e branca. O assunto rendeu e ela quase se rachou de rir quando ele admitiu queassim como aquela sua cicatriz no queixo, a camiseta e os brincos também eram culpa de sua irmã Lela.
Utilizando a velha técnica das historinhas tristesnão demorou a descobrir que Valéria gostava de meninas tanto quanto eleembora não se importasse em experimentar lábios masculinosconforme ficara provado quando trocaram telefones e carinhos sob um som nem sempre tão normalMas o sol não chegou a tempo de flagrar o instante em que se despediram, completando frases um do outro e andando olhando para trás enquanto davam tchau.
caminho de casa, Daniel encontrou um brinco no bolso de sua jaqueta embrulhado num bilhete que queria saber: “Dani, vai me deixar sem par?” Ele riu e jogou aquilo na lixeira mais próxima.
Alguns meses depois, Lela fez um almoço para apresentar sua nova namorada à família. Daniel reencontrou Valéria naquele dia.

*Texto pulicado no livro Tratado sobre o coração das coisas ditas e no site Literattus.
(Paulo SS)

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Lançamento Oficial

(Capa por Mixel Nogueira)

Está chegando a hora!

Vamos celebrar o lançamento de Para brisa no Sarau Suburbano Convicto
Será uma noite muito especial.
Promoção: Quem trouxer um amigo, leva outro. 

Quando: 12/03 às 20h


Endereço: Livraria Suburbano Convicto

Rua 13 de Maio, 70 - 2o andar - Bixiga

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Sobrenome Liberdade - Revista Rebosteio e MISC*

Sara,
Ao invés do Aurélio, procure um sarau. E tu vai achar sentido de verdade quando encarar os arquitetos de sonhos – novinhos em folhas – em ação. Gente, que para provar a máxima de Leminski, inventou seu próprio estado de ser, uma segunda adolescência chamada movimento. Porque aos 17 anos todo mundo é poeta.
E pra sarau, não precisa convite nem senha. Toda palavra é mágica, mas o silêncio é uma prece.
(Fotografia: Renata Armelin)
Sarau é o trajeto que a palavra faz entre os lábios e o coração – diriam os românticos. Mas o contrário também pode ser.
Nada de novo no front: são palavras, são navalhas e eu sou apenas um rapaz latino americano, apoiado por mais de 50 mil manos. Sem aspas, entre amigos, poesia é dito popular. Pessoa é nóiz.
Lembra quando me disse que nem tudo cabe nos livros? Pois bem, no sarau cabe. Planos e viagens, paixões e pilantragens. Até poema de 10 segundos cabe. De vez em quando, suspeito que mesmo sua mania de solidão caberia lá.
Amiga, tu vai se encontrar vendo o Laudecir declamando. Ele é malandro, professor e poeta. Nunca escreveu uma rima, mas é, sobretudo, poeta. E ao contrário, também poderia ser.
Tem sarau pra todo mundo; sem se repetir. Alguns viraram grifes, mas a maior parte continua firme, com seus amores, protestos, revides e passos largos. Depois deles, nunca mais falei sozinho, sabia?
Sobrenome Liberdade. Um ritual com mais entidades que o panteão. Tivesse cobrança, seria igreja. Fosse mais longe, seria aqui em casa. E para garantir que é feito por palavras e pessoas livres, Grajaú.
Sara, vá.
Aliás, vamos! Porque sarau é lugar de chegar junto.

*Texto publicado na Revista Rebosteio nº 5 e MISC. Vale ir.


domingo, 10 de fevereiro de 2013

Da ideia para o papel

E eu, que sou um bahia, me senti o cara mais feliz quando meus amigos deram a força que faltava para a publicação de Para brisa, meu novo livro. Afinal, quantas pessoas podem dizer que fizeram um livro com a ajuda "real" dos camaradas?
Todos os 80 exemplares foram vendidos antecipadamente; mas sendo sincero, não pensei que teria tamanho sucesso quando lancei a proposta colaborativa. Fiquei emocionado ao ver que há quem acredite e está disposto a colaborar com minha arte. Agora, fazer um livro de qualidade é a maneira mais coerente de agradecer.

(Célio Luigi)
Para brisa reúne meus textos escritos durante os últimos três anos. O resultado é um livro enxuto e intenso; onde a poesia ora tem a precisão de um plano cartesiano ora a sinuosidade do vôo de um mosquito. 
A página de agradecimento contendo o nome de quem ajudou será, pra mim, uma lembrança destes dias, ocasião em que pude contar com o apoio dos parceiros para dar este passo tão importante em minha vida. Muito obrigado, de coração.
Conforme disse, as 15 primeiras pessoas a efetuarem o pagamento, receberão, junto com o livro, uma poesia exclusiva e escrita manualmente. Segue a relação dos contemplados:


Aline Oliveira de Souza
Andressa Costa dos Santos
Andreza Oliveira
Daniela da Silva Santos
Ge Ladera
Gerson Salvador
Guilvan Miragaya
Ismael Rojas
Luciana Lulikas
Lu’z Ribeiro
Patty Oliveira
Ruivo Lopes
Silvia Cristina
Tati Liroa
Vanessa da Silva Soares

Agora é da ideia para o papel. Dia 12 de março celebraremos o lançamento de Para brisa no Sarau Suburbano Convicto, localizado no bairro do Bixiga, São Paulo-SP. Até breve menos.

Coragem!

Ni Brisant
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terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Proposta Colaborativa

Publicar um bom livro exige muita dedicação, disciplina, talento e... grana. Diante da escassez desse último elemento, elaborei uma proposta de colaboração solidária para mobilizar pessoas que se identifiquem com o meu trabalho para ser um dos financiadores desse novo rebento; Para brisa reúne 64 poesias inéditas, com ilustrações de Célio Luigi e Pim Lopes. O material encontra-se já revisado e em fase de “arte finalização”.
A angariação coletiva de fundos (“crowd funding”) é uma prática bastante difundida em outros países, utilizada principalmente para apoiar projetos de músicos e artistas plásticos independentes. Então, caso tenha interesse em participar, seguem informações:
(por Célio Luigi)
ETERNO RETORNO
Ao colaborar com essa proposta, você receberá:
1 - exemplar do livro Para brisa contendo o seu nome  impresso na página de agradecimentos e uma dedicatória personalizada.
1 - Arquivo PDF do meu 1º livro (Tratado sobre o coração das coisas ditas), através de e-mail para ler no computador, tablet ou imprimir.
1 – Marcador de páginas.
Divulgação do seu nome e foto como apoiador (a) do livro no meu blog oficial.

CUSTO, PRODUÇÃO E ENTREGA

O livro custará 20 reais. Com acréscimo de 5 reais para entrega em todo país, via Correios. Portanto, quem não puder comparecer ao lançamento ou retirar o livro comigo, poderá recebê-lo através dos Correios mediante o pagamento dessa taxa de postagem.

O lançamento ocorrerá até dia 12 de março de 2013, no Sarau Suburbano Convicto, localizado no bairro do Bixiga, São Paulo-SP.
Tiragem de 80 exemplares. As 15 primeiras pessoas a efetuarem o pagamento, receberão, junto com o livro, uma poesia exclusiva e escrita manualmente.

COMO COLABORAR
O pagamento poderá ser feito até dia 30 de janeiro, através de depósito bancário ou diretamente comigo.
20 reais será o valor definitivo do livro, ou seja, garantindo o seu exemplar nessa pré-venda, você pagará o mesmo preço da data de lançamento, receberá os mimos mencionados anteriormente e ainda vai colaborar para que meu livro vá para o papel.  Legal, né?
Em caso de transferência ou depósito bancário, é necessário que me envie e-mail confirmando o pagamento e o nome que deseja que conste na página de agradecimentos. Segue e-mail para contato: nibrisant@bol.com.br


Meus dados bancários:
Banco: Bradesco
Ag. 99
Conta corrente: 401260-7
Titular: Nivaldo Brito dos Santos

Desde já, valeu!

Ni Brisant
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quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Outras versões não identificadas

Os últimos exemplares do Tratado acabaram em setembro do ano passado. Desde então, tem chegado vários pedidos para que faça outra edição desse livro. Eu gostaria de levar o Tratado mais adiante, pois acredito muito na força e verdade que ele carrega, mas por ser uma publicação totalmente independente, não tenho grana suficiente pra fazer uma nova impressão agora. #acontece
Mas não tem revolta não. A boa notícia é que Para brisa, meu próximo livro, já está na fase final de edição e, assim que estiver pronto, quem adquiri-lo, receberá gratuitamente a versão original do Tratado em PDF por e-mail, para ler no computador, tablet ou imprimir. Uma boa, né?
A partir da próxima segunda-feira (21/01) começará a pré-venda de Para brisa aqui. Se ligue, porque serão apenas 80 exemplares. Se perder, não ganha. (rá!)
Até lá, confira abaixo poesia e ilustração contidos no Tratado.
Abraço e coragem!
Outras versões não identificadas
Sou estrela com mania de grandeza,
seguindo órbitas que a vista não alcança
toco a distância dum tempo ultrapassado
foragindo espaços de solidões coletivas
projeto labirintos em seus planos
e mesmo sem chegar onde ia
minha missão vai ainda mais longe
para devolver a essência da tua virtude.

Sou homenino, ourives de corações,
adulterando o espírito dos verbos
na temperatura que viola o estado do ser
enquanto restauro bens depreciados virgens
recordo como os gigantes se fazem
e invisto todo o meu tempo nesse presente
para desenterrar a matéria dos sonhos
que alimentam a grandeza do seu amor.

Sou defeito de fabricação sob encomenda,
recuso toda a lógica dos delírios parcelados
e como não sirvo para agradar gostos fáceis
exponho minhas frações em rastros fundos,
refletindo outras versões não identificadas
exibo velhos egos em ousadias sem etiqueta
e descarrego o peso do nome que me prende
só para provar o quanto também posso ser você.

(Chosa)