quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

07:55 AM

(Paulo SS)
O dia estreia com trilha sonora desafinada
impondo sua claridade em tons violentos
arrasa o sono, essa morte-mal-matada.

O mundo já está com os pés no chão
quando a luz domina a inconsciência
obrigando a desabotoar os olhos.

O teto lembra partes de um sonho
com realidades há muito esquecidas
que fazem do relógio objeto ridículo.

Como sorriso mecânico de ex-banguela,
que só ri para mostrar seus dentes falsos,
o impulso do atraso movimenta a vida.

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