quinta-feira, 25 de julho de 2013

Eu acredito em livros

Eterno Contínuo salta das gavetas do cotidiano para dar voz a uma fênix em chamas, Lu’z Ribeiro. Neste livro de estréia, Lu’z apresenta poemas lapidados sob o ritmo frenético de Sampa, mas com a sensibilidade e força de alguém que não se deixa anular.Como água, suas poesias percorrem diversos temas, formas, perspectivas – tudo para testar os limites da linguagem, irrigar corações e fazer-se sentir. Sem a obrigação de dar ou fazer sentido, o intuito aqui é não ser silêncio, não por acaso.
Eterno contínuo é entrega, amor sem divórcios.
É Lu’z, do início ao todo.
***
Forjado a partir das percepções de um coração selvagem, Eterno Contínuo traz a poesia como redenção. Força, graça e transbordo de alguém que aprendeu a ler a vida, conhece intimamente o perigo, mas prefere o passo, ainda que no escuro, a ficar parado.
Sem cair nas ciladas das convenções sentimentais, Lu´z Ribeiro expõe as várias facetas de um eu-lírico atento, capaz de descer aos subterrâneos das paixões, provar seus  excessos, dissabores, cortes, contradições e gozos – eternos contínuos.

E é com essa propriedade de loba no cio, que ela instiga o leitor a experimentar (-se) até despertar um sexto sentido: a intuição.
Ao longo destas páginas, essa escritora da Liberdade desenvolve uma trama exemplar. Como se dissesse: “confio-lhe meu diário”, Lu´z vai dando pistas de seu mundo; suas palavras deixam de ser poemas para tornar-se confissões, desafios, denúncias, despedidas, risadas, abraços – eternos contínuos. Assim, essa leitura requer a intimidade que só um bom amigo – ou amante – pode oferecer.
Aqui, o bom senso é estratégia. Não há espaços para acasos. Cada verso tem a medida para o infinito.

Era para ser sonho
mas virou história
e não deixou mais de ser.

A poesia de Lu’z Ribeiro é o que restou daquilo que não pode ser contido, tudo que o silêncio não foi capaz de engolir. Entre a romântica e a reacionária, a ingênua e a engajada, esconde-se uma nebulosa, uma fêmea, um poema, um dia por vir.
Desabotoe os olhos e boa lida.
[Textos de apresentação e orelha do livro Eterno Contínuo, da escritora Lu'z Ribeiro por Ni Brisant]

terça-feira, 23 de julho de 2013

Ateliê do Improviso*

(Fotografia: Mariane Staphanato)
Não visto canções em série, 
prefiro os ritmos
- moldam meus pés, artérias e tímpanos. 
Só sirvo por encomenda
com ajuste – linha, zelo, esparadrapo e fita crepe.

Descubro meu passado
em cada abraço.
Estendo-me em códigos
e flagro a mais nova invenção de mim – Amor.

Soul
ateliê de improviso
Trilho disformidades em chiaroscuro,
timbres cheios e passos ao léu.

Meu itinerário passa pela próxima encruzilhada,
quando deixarei de ser (só) chama e cama
- leito, leite e alento.
Já carrego luz no nome,
Serei agora, fogo.

- escrito na tarde de 23 de março de 2013, com caneta azul e zelo
Apenas para Lu’z Ribeiro, Ni Brisant


*O texto acima foi escrito pela ocasião da proposta colaborativa para impressão do livro Para Brisa. Lu'z Ribeiro foi uma das 15 primeiras pessoas a comprarem o livro antecipadamente. Hoje ela publicou o texto em sua página no Facebook.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Sarau da Praga

No próximo domingo (dia 28/7) acontecerá a 3ª edição do Sarau da Praga. Nesse mês a coisa toda acontecerá na Ocupação Mauá, logo ali perto da estação da Luz, na Rua Mauá, 340, a partir das 17 horas. 
A comunidade abrirá as portas para o Projeto Praga e eu sou o convidado da vez. 
Haverá roda aberta pra livre expressão artística e muita troca. Pra a gente se ouvir e sentir um ao outro. 

Além do sarau, o dia ainda vai contar com uma roda de capoeira com os Herdeiros da Mauá.
No dia receberemos doações de livros que ficarão para a comunidade, quem puder, por favor contribua.

Venha, traga sua palavra. 
Cara, coragem!

domingo, 21 de julho de 2013

Vendavou

(Texto Ni Brisant, Arte J. Bartlett)
Deu o ultimato: tudo ou nada!
Ela ficou calada.
Ele ficou sem fim.
*
Não mando flores nem ligo no dia seguinte. Sou romântico não praticante.
*
Jamais case com um artista
nem por grana nem por amor!
Só por acaso.
*
Eu querendo levá-la a sério e ela numa crise de riso nervosa.
*
Siga a seta das estrelas agora, girassol.
*
Tanta gente se achando... e eu perdido.
*
Se precisar, lapide-se, mas jamais dissolva-se.
Poucos gostam de farelo.
*
Uma dica sobre a Arte, a Guerra e o Amor: Renda-se ou morra tentando.
*
Avoe!
Não nasci pra ser jaula, leãozinho.

sábado, 13 de julho de 2013

Caso Rock*

Você destrói meu coração
para me paralisar.
Engessa o meu corpo
tentando me domar.

Quando me livro dos teus planos
não tenho mais nada a perder.
Minha queda é uma dança
não tente me erguer.

Teus truques me divertem
e eu até sinto prazer.
Tuas promessas são grades
não vão me prender.

Meu ritmo te excita
e até a luz se apaga.
Quando assumo o controle
não penso em mais nada.

Rebeldia serena juvenil
nosso som pode ser visto
no canto de ais play e vinil.
Sem perigo, não há risco.

Oh garota, vou embora daqui.
Hey louca, nem pense em me seguir.
Oh garota, vamos repetir.
Hey louca, não tente resistir.

*Texto publicado no livro Para Brisa, 2013, Ni Brisant

terça-feira, 9 de julho de 2013

Do desconhecido

E o que é o amor afinal,
senão
um pulo, um tiro
pra dentro
do outro
              no vento?

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Agenda da semana

♦ Segunda (1/7) Literatura, Memória e Oralidade, às 18h - End. Galeria Olido - Avenida São João, 473.
♦ Terça (2/7) Sarau Suburbano Convicto, às 20h - End. Rua 13 de Maio, 70.
♦ Quarta (3/7) Sarau Cooperifa - às 20h40 - End. Rua Bartolomeu dos Santos, 797
♦ Quinta (4/7) Sobrenome Liberdade - às 20h - Rua Manoel de Lima, 78.
♦ Sexta (5/7) FLIP, "Cedo" - End. Na rua, na chuva, na fazenda, na praia...
♦ Sábado (6/7) FLIP, "Cedo" - Onde meus pés puderem ir.



terça-feira, 25 de junho de 2013

Antologia Sobrenome Liberdade

Estamos prestes a completar nosso primeiro aniversário e é com toda alegria que convocamos nossos escritores, poetas, fotógrafos e artistas para a publicação da antologia Sobrenome Liberdade. 
Esta é a hora de registrar seu talento em algo maior, um sonho que tem sido construído pelas nossas próprias mãos. Nestas páginas escreveremos as histórias que realmente merecem ser contadas, cantaremos nossas próprias canções e celebraremos o que acharmos melhor. Mostraremos ao mundo a Arte que alimenta os nossos dias. Vamos juntos!
 Prezamos pela produção de uma obra de alta qualidade gráfica e editorial, portanto, envie seu melhor material. Você é o responsável pelo que faz, pelo que assina. Defenda a sua palavra.
Quais textos podem participar:
A antologia reunirá poesias, crônicas e contos. Os textos devem ser autorais e inéditos (não podem ter sido publicados em livros, revistas ou outra mídia impressa).
Como participar:
Envie até três textos para o e-mail contatolevante@bol.com.br, até dia 11 de julho. A divulgação dos textos a serem publicados ocorrerá dia 22 de julho de 2013.
Quem banca:
Como em todas as nossas atividades anteriores, esta será uma publicação independente, sem apoio de instituições públicas ou privadas. Em caso de dúvidas ou informações, escreva para contatolevante@bol.com.br
O lançamento será na comemoração do nosso primeiro aniversário, dia 6 de setembro no Relicário Rock Bar. 
 Não há cobrança para participação da antologia. Embora seja uma publicação independente, fazemos questão de ceder um exemplar a cada um dos escritores que tiverem seus textos selecionados para publicação. Esta é uma iniciativa sem fins lucrativos. Caso você queira colaborar com o custeio da edição, diagramação e impressão, basta comprar o livro ou camiseta do sarau.
Escritores da Liberdade, vocês estão convocados. A vida é aqui-agora. Vamos juntos!

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Haverá*

Seja no asfalto ou no lixão,
na merda ou nos corações,
as flores não param de nascer.

Passem longe, fascistas incendiários de favelas.
Caiam fora, Políticos agiotas de esperança.

Uma flor nasceu em mim.

Fosse num buquê
num vaso
ou em outras mãos
seria cadáver.
Mas no asfalto e no lixão,
na merda e nestes corações,
é estrela, floresta, bandeira
porta-luz, festa, alimento e afronta.

Uma flor nasceu,
a partir daí, temos alguma chance.
Acordem as crianças,
podemos sonhar outra vez.
Haverá amanhã.
A primavera prevalece.

*Poesia do livro Para Brisa

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Para-choques IV

Se você vive para ter pessoas aos seus pés, 
jamais terá alguém ao seu lado. 
(Para a lida)

***
A gente tinha tudo pra ser feliz,
bastava se conhecer.
(da ignorância do amor)

***
Ele queria uma história de amor. 
Mas ela pediu segredo. 
(Do que ficou apagado)
(Apresentação no SESC Santo Amaro)

***
Trocou a igreja pela breja, 
ganhou a rima e uma barriga.
(Das compensações)

***
Se eu tivesse o tempo que você pensa que eu tenho,
dormiria.
(Do amor sem suficiência)

***
Se fosse importante, 
ela voltaria a acontecer. 
(Da entrega sem retorno)

***
Ela disse cama.
Ele entendeu diversão. 
Dormiram bem. 
(Da madrugada antecipada)

***
Você encontra o amor da sua vida,
só que ele não se acha.
(Do amor natimorto)

***
Eu dou 3 passos e você 3. 
Assim acabaremos com essa distância de 6 andares.
(Técnicas de chegar junto)

***
Ela diz que adora tudo que escrevo, 
mas eu não. 
(da garota que diz não)

***
Percebendo que sua dor era alimento para egos e abutres, 
destoou. 
(do lask-se bendito)


***
Poesia é o que a gente sente.
O resto é literatura.
(sobre a crítica que não)

***
No divórcio, 
sentia-se um ateu no julgamento final.
Desacreditava, mas estava lá. 
(da separação sem fim 2)

***

Isso de viver quase morrendo, 
uma hora vai acabar com a gente. 
(do salário sem amor)

*** 
Queria ter dito AMOR, 
mas ela disse AMIGO antes! 
(Sobre quem atira primeiro)

***
nessa noite fria,
um streap tease,
se não esquenta
traz pneumonia. 
(da febre que não esquenta)

***
Meu amor é agora 13kg de pólvora molhada 
aguardando o próximo dia de sol 
para a explosão
FINAL.
(Dos impulsos vespertinos sem desjejuns)

***
Gosta mais de pirigate,
que gatorate. 
(da saliva sem carinho)

***
Minha insônia tem nome próprio, 
rg, 
cpf 
e outro amor. 
(do sentimento de não ser mais)

***
Caiu,
quando a lágrima não rolou. 
(do fim sertão)

***
Se fosse importante, 
ela voltaria a acontecer. 
(Da entrega sem retorno 4)

domingo, 9 de junho de 2013

Sobrenome Liberdade

Há homens que seguem utopias alheias e outros que inventam as suas. 
Sobrenome Liberdade não possui apoio do governo ou de instituições privadas. Ainda assim, reúne mensalmente escritores, músicos e outros artistas no extremo Sul de São Paulo na tentativa de promover a interação e o diálogo de diferentes manifestações, expressões e culturas.
Nos seus 9 meses de existência, o Sarau já contou com a apresentação de 13 grupos musicais, lançamento de 10 livros, exposição de artes plásticas, fotografias, dentre diversas outras atividades.
Tudo isso só foi possível graças aos esforços coletivos de pessoas físicas, cidadãos de várias partes da cidade que acreditam no poder transformador da Arte e da Cultura. E que, ao invés de aguardar por dias melhores, têm feito a diferença!

Muito obrigado a todos que fazem parte desse movimento. 
Confira abaixo o video produzido pelo parceiro Bruno Lima com imagens do Sarau Sobrenome Liberdade do dia 16/5/2013. Juntos, somos mais!

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Amanhã tem Sarau Sobrenome Liberdade

Amanhã, no sarau Sobrenome Liberdade, receberemos doações de agasalhos, que serão destinados à Força Nacional de Resgate.
Se puder, traga roupas em boas condições de uso. Esquente alguém, literalmente. 
No final do sarau, todos que doarem concorrerão a uma camiseta Armadura Poética!
Para mais informações, clique aqui.


domingo, 2 de junho de 2013

Mostra Tuiteratura

Participarei hoje, às 17h, no Sesc Santo Amaro da Mostra Tuiteratura com os poetas do Sarau Suburbano Convicto
E dia 30/6, às 17h, farei uma intervenção nesta Mostra com os poetas do Menor Slam do Mundo.
Vai voar lasca de fogo. Fica a dica!



A Mostra Tuiteratura acontece no Sesc Santo Amaro - Rua Amador Bueno, 505, Santo Amaro, São Paulo – SP.
De 26 de maio a 04 de agosto, terça a sexta, das 10h às 21h/ sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h.
Entrada gratuita.
Mais informações: www.sescsp.org.br 

sábado, 1 de junho de 2013

Certo Olhar

A convite do Coletivo Periferia Invisível, gravei na última quinta-feira (30/5) um curta que será lançado hoje, às 16h, no Facebook.
O vídeo foi feito no Centro de SP e faz parte do quadro "Certo olhar", que mostra um pouco do trabalho de artistas independentes.
Vejaí o vídeo abaixo e passe-o adiante. 
Abraço e coragem,


Ficha técnica:
Edição e fotografia: Binho Santana
Captação de som: Mateus Andrade
Filmagens: Fernando Machado e Binho Santana
Coordenação geral: Bruno Veloso e Gustavo Soares
Trilha sonora: Vicio Primavera
Trilha Certo olhar: Markus Astran

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Lu'z lança

Eterno Contínuo salta das gavetas do cotidiano para dar voz a uma fênix em chamas, Lu’z Ribeiro. Neste livro de estréia, Lu’z apresenta poemas lapidados sob o ritmo frenético de Sampa, mas com a sensibilidade e força de alguém que não se deixa anular.
Como água, suas poesias percorrem diversos temas, formas, perspectivas – tudo para testar os limites da linguagem, irrigar corações e fazer-se sentir. Sem a obrigação de dar ou fazer sentido, o intuito aqui é não ser silêncio, não por acaso.
Eterno contínuo é entrega, amor sem divórcios.
É Lu’z, do início ao todo.


domingo, 26 de maio de 2013

Para usar como vestido*

O laço que trancou nossos umbigos
protegeu o encanto de nós mesmos
2 meninas com olhos para todos os destinos
têm amor, amor e Amor sem meios termos.

etanol para passos largos, risos abertos e vidas maiores,
nossa palavra mágica não passa de 5 letras
em felicidade de 2 sílabas
NDAs.

nossa senha é uma pista de joaninhas
olhos fechados sem silêncio
canções de ser feliz em chiaroscuro
e um frio de quando éramos todos 2.

enquanto nosso estado de graça tiver calor,
Teu nome será minha casa na árvore
para usar como vestido
abraço.

ainda que a gente nunca mais,
Não seria o fim.

*Texto também publicado no site Literatttus.

Esse tanto que sinto*

(Thiago Peixoto no Sarau Sobrenome Liberdade)
Humano demais para ser santo
Erro demais para ser herói.
Sou de Lua, não poderia ser pop star
Posso star à margem, jamais ParTido.

Tenho vocação demais para ficar só nas cordas
vocais, backs, skates, teasers, cases, managers... Fuck!

Sou filho do transbordo
Sou excesso
Nunca escasso - Espalho-me com Centro nos pés
no chão.

Faço-me diário,
se proso - num Slam - romances frente e verso.

Nenhuma fórmula me contém.

Fiz do Groove minha única Apologia
e a Música me ensinou a ser quem Soul: Poesia.
Cantar é minha maneira de dizer: AMOR, VIDA, POESIA!
(assim, bem alto: Pra todo mundo ouvir, cantar, ser)

Minha canção predileta ainda é aquela...
a nossa!
A que tem mais coração.

Fiz dos coletivos minha nave-irmã,
viajo mais quando estou perto de mim
com os olhos abertos para a vida,
para outros olhos...

Andar é um dom que não domino de berço.
Aprendi a caminhar nas rodas, nos saraus
(por estágios)
nos braços dos meus.

E finalmente,
me fiz poeta
Porque encontrei nas palavras meu jeito de ser o que acho melhor,
não eterno,
CRIANÇA!

Um guri que desvende o que é ser e estar,
Thiago Peixoto,
ESSE TANTO QUE SINTO!


*Poema dedicado ao amigo-poeta Thiago Peixoto, pela ocasião do seu aniversário: 22/5.

domingo, 19 de maio de 2013

Sarau Encontro de Utopias


O Sarau Encontro de Utopias convida convida o Coletivo Sobrenome Liberdade para celebrar a arte em noite de palco aberto. Lançamento de " Para Brisa" de Ni Brisant. 
Você também é nosso convidado! 

Afine a poesia.

Dedilhe seu traço.
Percuta a intuição.
Essa ciranda é sua!
Entre na roda: cultura é protagonismo.

Palco Aberto. 
Gratuito. 
Terça feira, 21 de maio às 20h.

Centro Cultural Lamparina Brasil, Rua Marques de Paranaguá, 377 – Consolação. 

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Textos testes

(Sarau Candeeiro - Fotografia: Sheila Signário)
O futuro que me aguarde,
estou fazendo um presente melhor agora.
(Sobre os planos, num bar)

*

Desejou ousadias
mas era tarde.
Teve que levantar.
(Da excitação vespertina, em Ribeirão Preto)


*

Tua solidão é só falta de audiência.
(Da desconexão)


*

Ela não dominava minha língua,
tive que traduzir-me nela.
(Da garota de patins no ônibus)


*

Depois da última ameaça de amor,
perdeu a amizade.
Desconheceu-se.
(Do xaveco mal sucedido)

Na Livraria Suburbano

A partir de hoje, Para Brisa está disponível para compra na Livraria Suburbano Convicto, do parceiro Alessandro Buzo. Assim como na loja virtual Imaginado Efeito, o livro custa 25 reais.

Endereço: Livraria Suburbano Convicto
Rua 13 de Maio, 70 - 2o andar - Bixiga, São Paulo-SP

terça-feira, 7 de maio de 2013

Para-choques III

Era peão, 
mas reinava nas horas vagas.
(Das férias, em Acajutiba, tomando pinga com água)

*

Quero mais é que você se resolva, sua problema!! (Das diretas já, em Salvador, pedindo informação ao mendigo)

*

Sem amor,
o mar é raso,
sexo é um perfume sem cheiro.
(Das vadiagens, em Jequié, de ressaca e duro)

*

Ele queria uma história de amor.
Mas ela pediu segredo.

(Das Adversões, em Feira de Santana, ao volante da carroça)

*


Não me faça temer o amor que lhe dedico, vida!
(De favor, em Aporá, de pé)

*

Na minha linguagem de sinais, 
Amor se diz com Zelo. (Da semialfabetização, em Alagoinhas, comendo pizza com garapa)


Sarau no Caos - Ferraz de Vasconcelos - 5/5
Fotografia: Sueliton Lima Photographia



terça-feira, 30 de abril de 2013

Tá tendo

Superando todas as expectativas e dificuldades, a primeira tiragem de Para Bisa esgotou-se 43 dias após o lançamento. O livro foi produzido e distribuído de forma independente, ou seja, sem qualquer intervenção de editora.
Recebi hoje os exemplares da segunda impressão, os quais já encontram-se disponíveis para compra no site Imaginado efeito por R$ 25,00 (frete grátis). A partir da próxima semana estarão também em algumas livrarias de São Paulo. Informarei os endereços em breve.
Minha mochila continua sendo minha livraria, portanto, se tiver quiser, digaí.
Pegando o gancho, próximo sábado, 4/5, haverá o lançamento desta 2ª impressão no Sarau a Plenos Pulmões, na Casa das Rosas. Chegue mais.


quinta-feira, 25 de abril de 2013

Para Brisa esgotado

A noite de ontem foi marcada pela alegria do lançamento de Para Brisa na Cooperifa e agora acabo de receber uma excelente notícia: o último exemplar de Para Brisa foi vendido, 43 dias após seu primeiro lançamento. 
Nesse momento, vejo esta foto (ao lado) no Facebook do meu conterrâneo Enderson Araujo, com a seguinte mensagem: "Cheguei em casa e vi meu quarto virado, fui lá reclamar meu irmãozinho.. Mas desisti quando vi esta cena, ele lendo o livro Para Brisa do Ni Brisant.. Caralho bateu arrepio." 
O arrepio chegou aqui, mano. 
Assim como outras manifestações de apreço, essas palavras chegam como um poderoso combustível que me move para continuar produzindo, escrevendo e seguindo adiante.
Produzir um livro independente é das tarefas mais inglórias, por isso, agradeço mais uma vez a cada um que, de alguma maneira, colaborou com Para Brisa. Eu não teria conseguido ir tão longe sem o apoio dos amigos.

Com a venda dessa primeira tiragem, já pude encomendar uma nova impressão, que logo estará nas mãos.
O melhor disso tudo é a convicção de que o livro esgotou, mas eu nunca me vendi! 
Abraço e coragem!